segunda-feira, dezembro 04, 2006

Recomendo como leitura



Para quem se interessa pelo aspecto cultural da aprendizagem, recomendo fortemente o livro de Barbara Rogoff. É excelente!

A autora trabalha com um referencial teórico vygotskyano, mas compartilha conosco muitas posições. Ela cita muito os trabalho da Elinor Ochs, por exemplo.

O que mais me chamou a atenção (e é claro que vou abordar isso na dissertação, ao menos brevemente) é o que ela diz sobre participação guiada, pela qual se dá a aprendizagem.

Além das discussões sobre aprendizagem, desenvolvimento, cultura, gênero e sociedade, o livro traz imagens (muito didáticas até) e fotografias belíssimas.

Abaixo, coloco o pequeno resumo do livro que aparece na página da Livraria Cultura (onde ele custa R$ 73,00. Sei que é caro, mas vale a pena):

"Na Oceania, crianças de três anos cuidam de seus irmãos, mas nos Estados Unidos, espera-se que tenham, pelos menos, dez anos a mais para assumir essa responsabilidade. Bebês africanos usam facas com segurança, o que não é permitido em muitos outros países. Como se explicam essas diferenças acentuadas? Nesta obra, a autora afirma que o desenvolvimento humano deve ser entendido como um processo cultural, tendo como base pesquisas e teorias socioculturais das áreas de psicologia do desenvolvimento, antropologia, educação e história. Indicado não só para psicólogos como para todos aqueles interessados no papel que a cultura cumpre no desenvolvimento humano, o livro também traz fotografias cuidadosamente escolhidas e organizadas."

Boa leitura!

Um abraço,

Lia

segunda-feira, novembro 20, 2006

INPLA 2007

Alguém tem interesse de participar?

16º InPLA
Intercâmbio de Pesquisas em Lingüística Aplicada
30 de abril e 01 de maio de 2007

Minicursos
02, 03, 04, 05 e 06 de maio de 2007

Envio de propostas: até 20/01/2007

http://www.pucsp.br/inpla/

Luciana.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Apresentações no I CLAFPL

Convidamos os colegas do ISE para nos assistirem no I CLAFPL, que acontecerá em Floripa, de 09 a 11 de novembro.

Seguem os horários, datas e salas da comunicações individuais que faremos:

A importância do olhar etnográfico na formação do professor: pesquisa sócio-antropológica, projeto político-pedagógico e práticas de sala de aula.
Lia Schulz
Dia 10 de novembro, às 18:10, sala 05.

Implicações para o ensino de língua estrangeira: refletindo sobre as crenças de alunos e professores através de tarefas em sala de aula; e
A elaboração de instrumentos avaliativos através de tarefas: integrando as quatro habilidades na testagem em língua estrangeira.
Fernanda Martins Wasserman e Letícia Grubert dos Santos
Dia 11 de novembro, às 8h30min, sala 07.

Cursos de formação de professores de LE à distância: reflexões sobre aspectos organizacionais e desenvolvimentais
Renata Costa de Sá Bonotto e Gabriela da Silva Bulla
Dia 11 de novembro, às 13h, sala 04.

Para maiores informações, acessem a página do I CLAFPL.

Abraços,

Lia

quarta-feira, outubro 25, 2006

Comentários sobre a oficina de transcrição e multimodalidade

Queridos,

Publico aqui os meus parabéns para a Letícia e para a Gabriela, que organizaram brilhantemente uma super oficina de transcrição!
Sinto pelos que não conseguiram assistir, pois foi muito legal!!!
Além de explicarem minuciosamente as convenções Jefferson para transcrição, nossas colegas e professoras nos ensinaram como melhorar nossas transcrições com exercícios práticos e oportunidades de discussão a respeito, tendo atenção e cuidado mesmo com os alunos mais rebeldes (e que só queriam fazer bafão!) com o trabalho "transcritivo".
A parte sobre multimodalidade e softwares disponíveis também foi muito instrutiva! Devo dizer que as meninas se esforçaram muito, estudaram e se dedicaram realmente em nos apresentar vários programas novos com toda a paciência do mundo!
Valeu, gurias!

Beijos,

Lia

sábado, outubro 21, 2006

Foto da destacada!!!

Eis a nossa super Paloma com o seu mais que merecido troféu.

Bjs
Luciana

Parabéns, Paloma e Luanda!


Estamos muito felizes em dizer que o trabalho da Paloma recebeu prêmio de destaque no salão de iniciação científica da UFRGS! Parabéns, querida!
Parabénizamos também a colega Luanda, que apresentou seu trabalho de forma igualmente brilhante!
Muitas flores para vocês, gurias!!
Beijos!

Lia

segunda-feira, outubro 16, 2006

Oficina e Minicurso na Semana de Letras

Colegas!

Este post é para avisá-los de que nosso grupo desenvolverá duas atividades durante a Semana de Letras da UFRGS, a ocorrer nas próximas segunda e terça-feira (23 e 24 de outubro):

Dia 23, das 13:30 às 17:00

Metodologia de pesquisa interpretativa na microetnografia da escola pública cidadã de Porto Alegre

Dia 24, das 13:30 às 17:00

Sistema Jefferson de transcrição de fala-em-interação social: convenções, tecnologias e multimodalidade - Sala: Laboratório do ILEA (a ser ministrada por Gabriela Bulla e Letícia Loder). Número de vagas: 16

As inscrições já estão abertas no CELLIL.

Um abraço,
Letícia.

sexta-feira, outubro 13, 2006

IV SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Para quem tiver interesse:

IV SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO INFANTIL: QUE INFÂNCIAS FORMAMOS?

Data: 22,23,24 e 25 de novembro
Local: Salão Nobre da Faculdade de Direito/UFRGS – Av.João Pessoa,80 – Porto Alegre/RS

Confira a programação:

http://www.faurgs.ufrgs.br/cursos2/curso2710.asp

Abração

Luciana

sábado, outubro 07, 2006

7º Encontro Nacional sobre Aquisição da Linguagem - ENAL

Estarei apresentando a minha monografia escrita para a disciplina Tópicos em Aquisição de Língua Materna, ministrada pela professora Luciene Simões.

Construindo a narrativa: desvelando a organização social de uma sala de aula cidadã

Data: 11 de outubro (quarta-feira)
Local: PUCRS - Prédio 40 - Sala 703
Horário: A sessão começa às 14h (a minha apresentação está marcada para às 15h20)

Estão todos convidados!

Abração,
Luciana.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Trabalhos no Salão de Iniciação Científica da UFRGS

Repasso o convite que a Paloma enviou por e-mail.

Convidamos todos para assistirem a sessão Lingüística Aplicada, onde eu e a Luanda apresentaremos trabalhos. Será no dia 18 de Outubro, com início às 8h30min, na sala 609 do prédio da FACED (Campus Centro). Os títulos dos trabalhos são:

TUDO TEM QUE ESTAR NA ATA. UM ESTUDO SOBRE LETRAMENTO NUMA COMUNIDADE QUILOMBOLA DO LITORAL DO RIO GRANDE DO SUL
Luanda Rejane Soares Sito

CONSTRUINDO O MELHOR MOMENTO PARA TOMAR O TURNO NA FALA-EM-INTERAÇÃO DE SALA DE AULA NA ESCOLA PÚBLICA CIDADÃ
Paloma Silva de Melo

Para quem quiser mais detalhes sobre a sessão, como saber quais serão os outros trabalhos apresentados, é só clicar AQUI.

Beijos,

Paloma

Sessão Coordenada no Celsul

Teremos uma sessão coordenada no celsul de Pelotas! Será no dia 19 de outubro, quinta-feira, das 8h30 às 10h.
Os trabalhos que serão apresentados e as respectivas autoras são:

A Tomada do Turno de Fala em Conselhos de Classe: participação e socialização em uma Escola Pública de Porto Alegre.
Lia Schulz e Paloma Silva de Melo

“Então escuta um pouco”: construindo conhecimento por meio da narrativa.
Luciana Etchebest da Conceição

Eventos de Letramento em Sala de Aula.
Neiva Maria Jung

Convidamos a todos para participar e nos assistir!
Abraços,

Lia

Jornalismo político confiável

Queridos,

Utilizo este espaço para recomendar para todos aqueles que estão indignados com o caráter mentiroso e manipulador do jornalismo político da rede bobo, e da sua filial que elege "previsores" do tempo, a leitura de um blog execelente de um grande amigo e jornalista de verdade. É o RS Urgente, de Marco Weissheimer.

Em tempos em que "a coisa é feia e vem se debruçando" é muito bom poder ler alguém sério, que mantém seu compromisso jornalístico, e ao mesmo tempo, não tem receio de se posicionar.

Abraços,

Lia

quinta-feira, setembro 28, 2006

Grupo ISE - Interação Social e Etnografia


Grupo ISE - Intera�o Social e Etnografia

Nos dias 4 e 5 de agosto, o Grupo ISE desenvolveu no Instituto de Letras da UFRGS as Oficinas de Trabalho com a Profa. Dra. Lorenza Mondada, da Université de Lyon 2/ENS-França.

No dia 4, sexta-feira, a Dra. Mondada apresentou um panorama teórico sobre Etnometodologia e Análise da Conversa em relação a questões de cognição e aprendizagem, que foi a introdução perfeita para as discussões que viriam no decorrer das oficinas.

Durante as sessões de análise de dados gerados pelos participantes do grupo de pesquisa e pelas pesquisadoras convidadas da Unisinos, a Dra. Mondada foi extremamente cordial e entregue ao trabalho conjunto, e nos presenteou com finas observações sobre detalhes da seqüencialidade das ações, construindo novas percepções que enriqueceram as nossas análises. Exemplos dessas percepções, por lembrar alguns, foram: no excerto "How do you say 'vender'?", apresentado por Ana Luiza Freitas e Paola Guimaraens, a observabilidade do fato de as formas lingüísticas não pertencerem a um código determinado e serem um practical achievement (daí as possíveis compreensões de /se:ıυ/), ou, no "Segmento 2”, apresentado por Cristina Uflacker, a relevância das últimas ações do segmento para a definição local de toda a atividade anterior e para a valorização da seqüência encaixada (sobrecomo é na nossa terra ,”). Outras questões, analisadas nos dados apresentados (reparo e aprendizagem de vocabulário - Mariola L. Abeledo; controle social justificado – Paloma Melo; identidades em conflito – Alexandre do Nascimento Almeida; co-construção de turno – Dra. Ana Cristina Ostermann, Thaís Pisoni e Caroline Rodrigues da Silva; construção da participação na fala-em-interação – Lia Schulz; divergências e convergências – Gabriela Bulla), e outras, surgidas da prática de pesquisa (como a questão do uso de tecnologia na geração de dados), foram discutidas também nas sessões.

As oficinas foram uma ocasião maravilhosa para o Grupo compartilhar e discutir análises, idéias e dúvidas, lidando diretamente com os dados dos colegas, com a valiosa presença da Dra. Mondada para nos auxiliar e inspirar.

segunda-feira, agosto 14, 2006

CELSUL

VII Encontro do CELSUL
Círculo de Estudos Lingüísticos do Sul
Data: 18-20 de outubro de 2006
Local: Pelotas, RS
Prazo para envio de resumos: 31 de agosto
Informações: http://antares.ucpel.tche.br/celsul/index.htm

Vamos lá?

A Bússola do Escrever


Por sugestão da Zoraia Bitencourt, colega do Mestrado da Educação que fez a disciplina Língua e Sociedade conosco, fui ler um artigo do livro “A Bússola do Escrever – desafios e estratégias na orientação de teses e dissertações”, organizado por Lúcio Bianchetti e Ana Maria Netto Machado.

O artigo chama-se “Viver a tese é preciso” e a autora é Maria Ester de Freitas. O texto é muito bom e recomendo fortemente para todos aqueles que já escreveram ou escrevem uma dissertação ou tese, ou que ainda vão escrever.

A autora faz uma análise bem humorada de como nos transformamos no percurso de escrever um trabalho assim: da nostalgia dos tempos em que apenas fazíamos créditos, até nos tornarmos grandes chatos, perseguidores de prazos. As três fases caricaturais que ela descreve desse processo são: 1) “Não me pergunte sobre a minha tese ou por que na minha tese...”, em que fugimos de qualquer um que ouse nos perguntar como vai o trabalho; 2) “Pelo amor de deus não me convide” diz respeito à fase mais longa em que começamos a dizer não para todos os convites para qualquer coisa que não seja a tese; 3) “A tese está me vigiando” é da culpa, já que não existe tese sem culpa, seja do tamanho que ela for...

Para terminar, a autora nos lembra do quanto "no fundo" tal tarefa é cheia de beleza, mesmo que tomada de ansiedade e angústias. Apesar de tudo, há boas razões para continuarmos. E vale a pena descobri-las!


Outra surpresa agradabilíssima que encontrei no livro foi o artigo “A revisão bibliográfica em teses e dissertações: meus tipos inesquecíveis – o retorno”, de Alda Judith Alves-Mazzotti. A autora faz ótimos apontamentos do que deve ter uma boa revisão de literatura. Mas o mais interessante do artigo é o que não deve ter, ou o que não deve ser uma revisão bibliográfica. Aqui vão alguns exemplos de tipos de revisão a serem evitados:

Summa – ou “Do universo e outros assuntos” – O autor decide esgotar o assunto, retratando tudo o que já foi dito a respeito na literatura ocidental;
Arqueológico – a mesma preocupação anterior mas com ênfase na visão diacrônica;
Patchwork – ou “Saudades de Ariadne” - colagem de conceitos, autores e pesquisa sem qualquer fio condutor;
Caderno B – trata dos assuntos mais complexos de modo ligeiro e sem aprofundamento;
Cronista social – aquele que “dá um jeitinho” de usar conceitos ou autores que estão na moda;
Off the records – o autor garante total anonimato as suas fontes, valendo-se de expressões como “sabe-se”, “tem sido observado”, “muitos autores”, “vários estudos”, e similares;
Ventríloquo – o autor só fala pela boca dos outros, citando-os literalmente ou parafraseando as idéias. Não há tomada de posição do próprio autor.

Quem quiser saber mais, ou descobrir qual o seu “tipo”, leia o artigo que é excelente!

Beijos, Lia

domingo, julho 30, 2006

Festinha 28/07


Uma lembrança da festinha de sexta-feira.
Abração,
Luciana

quarta-feira, julho 26, 2006

Sugestão de Leitura

O livro "A Pedagogia da Felicidade: superando a escola entediante", de Jaume Trilla, traz uma excelente reflexão sobre o que é uma escola "tradicional". O autor, da Universidade de Barcelona, abandona qualquer dicotomia ou maniqueísmo para discutir de fato como a escola se tornou entediante e uma insituição fechada em si mesma. Após uma análise genealógica foucaultiana, com discussão de imagens, textos (literários e históricos) e quadrinhos, Jaume também propõe o que chama de Pedagogia da Felicidade: uma pedagogia voltada para a vida.

Para todos aqueles que querem conhecer um pouco melhor como a escola acabou sendo caracterizada como tradicional e os múltiplos sentidos deste adjetivo, e, além disso, refletir por meio de uma visão propositiva e otimista da vida, é uma ótima leitura!

sexta-feira, julho 14, 2006

Primeiras impressões a respeito do programa Elan...

Achei bem interessante a idéia de poder adicionar comentários a cada centésimo de segundo e, depois, poder (re)visitar trechos a partir desses comentários, segmentações etc. Também achei legal a possibilidade de se trabalhar com até quatro vídeos ao mesmo tempo, o que facilita a análise para quem gerar dados c/ até quatro câmeras, pegando ângulos diferentes.
Uma coisa que senti falta foi a faixa de voz que o Sound Forge oferece...
Continuarei minha exploração e depois posto mais considerações.
Abraços;
m
Gabi.

quarta-feira, julho 05, 2006

Relato sobre o Congresso de Análise da Conversa em Helsinki



Para a próxima reunião do grupo, também está programado o relato da colega Letícia Loder sobre o Congresso do qual ela participou em maio na Finlândia. Letícia aparece à direita na foto ao lado, junto com Patrícia Gonzalez, nossa doutoranda quase finalndesa, na sua chegada em Helsinki.

Estamos aguardando, Letícia!
Queremos saber tudo sobre a apresentação e sobre as últimas notícias da Análise da Conversa pelo mundo!

Letramento: próxima reunião do grupo ise

A primeira reunião do grupo do mês de Julho está marcada para sexta-feira, dia 07.
O tema será Letramento e foi proposto por nossa colega Luanda Sito, que encaminhou a seguinte proposta, com cinco possíveis eixos para a discussão:

1. Conceitos sobre Letramentos – histórico do conceito, diferença de alfabetização, letramento-alfabetização-escolarização (SOARES, KLEIMAN, JUNG);
2. Letramento como prática social – diferenças urbano/rural (KLEIMAN, JUNG);
3. Comunidades tradicionais – relação com a escrita. (GOODY)
4. Conflitos: escolarização X comunidades tradicionais : identidade étnica (BOURDIEU, DOS ANJOS)
5. Sala de aula: escolas quilombolas.

As leituras sugeridas por Luanda são as seguintes:

a) COOK-GUMPERZ (1991) – capítulo 2 "Alfabetização e escolarização: uma equação imutável?" e capítulo 5 "Apresentações de narrativas...", de Sarah Michels.
b) JUNG, Neiva. (Tese) – capítulo 2.4 "O letramento como prática social" (p. 58-71) e 4.3 "A construção social de letramentos na comunidade" (p. 132-152).
c) HEATH, S. (1983) - o texto da Kleiman traz uma resenha muito boa do artigo da Heath, bem como a Terzi.
d) KLEIMAN, Ângela (1995). O significado do letramento... Introdução.
e) TERZI, Sylvia. A construção da leitura. Capítulo da descrição da comunidade "Orientação de letramento da comunidade"

Luanda solicitou também que aqueles que tiverem outras leituras sobre o tema possam trazer para a discussão.

segunda-feira, julho 03, 2006

Derrota do Brasil e trabalho colaborativo


Não sei por que, mas em meio à melancolia e elaboração da vergonhosa derrota do Brasil para a França, me ficou evidente a noção de trabalho colaborativo. Ou seria melhor falar no trabalho colaborativo de não querer vencer, de entregar o jogo, de não se esforçar em ir ao encontro do outro, de não tentar unir partes em função do todo, dissolvendo assim o brilho de algo que poderia parecer futebol-arte em um jorro de estrelismo, e mercantilismo e falta de garra.

Se uma boa metáfora para o trabalho colaborativo é a da orquestra, será que faltou maestro? Ao que tudo indica sim. Mas também outras coisas:
Será que brasileiro não sabe brigar (seria uma possível explicação para isso a questão da cordialidade, do Buarque de Holanda?) e se entrega assim por não acreditar? Pelo menos foi óbvio que houve cooperação nesse sentido: o time do Brasil jogou sem coração, sem garra e sem vontade.

Lia

PS: Exceções, é claro, sempre aparecem: Lúcio e Juan. Mas é só.

terça-feira, junho 27, 2006

Leituras

Pelo que entendi, a Gabriela Bulla propõe um grupo para lermos os textos da Lorenza no início de Julho. Eu adoraria, entretanto, sugiro na segunda semana, porque estaremos mais liberados dos compromissos "escolares". Pode ser? Assim como a Gabriela, eu também não falo francês, apenas me arrisco na leitura.
Adriana

segunda-feira, junho 19, 2006

Plus Lorenza

Se alguém estiver interessado tenho 2 textos da Lorenza. Um é sobre Categorização e cognição: Construção disucrsiva das categorias, de 1997. O outro é sobre referenciação no discurso, mais antigo, de 1995. Estão em francês. Na verdade é uma crítica ao ponto de vista de Rosch sobre a teoria prototípica, bem como uma visão mais tradicional de categorização-das características necessárias e suficientes dos objetos. Lorenza propõe que as categorias sejam entendidas como genéricas, ou seja,não há um a priori, elas se organizam no discurso. Ela parte da "gramática"de Sacks(1972).
Adriana

quinta-feira, junho 15, 2006

Lorenza Mondada

Como teremos um ISE especial sobre a Lorenza Mondada (28/07), recomendo o seguinte endereço (em francês) para a visualização de sua bibliografia:

http://www.romsem.unibas.ch/d/abt/abtfranz/ling/team/mondada/mondada.fs.d.html

Abraços,

Luciana.

terça-feira, junho 13, 2006

ISE 2003

Uma foto antiga do ISE...
bjos
Luciana


quinta-feira, junho 01, 2006

Textos sobre estrutura de participação e piso conversacional

Os textos a seguir serão base da discussão do próximo encontro do grupo, que será na sexta-feira, 09 de junho.


Sobre Estruturas de Participação:

DURANTI, A. (1997). Linguistic anthropology. Cambridge: Cambridge University Press. Capítulo 9 - Unidades de Participação.
(Em que o autor aponta três maneiras de se estudar o tema, que são as abaixo relacionadas)

PHILIPS, S. U. (2001). Participant structures and communicative competence: Warm Springs children in community and classroom. In: DURANTI, A. (org.). Linguistic Anthropology: A Reader. Blackwell Publishers. pp. 302-317.

GOFFMAN, E. Footing. (2002). In: RIBEIRO, B. T. e GARCEZ, P. M. (Orgs.), Sociolingüística Interacional. São Paulo: Loyola.pp. 107-148.

GOODWIN, M. H. (1990). He-Said-She-Said: talk as social organization among black children. Bloomington: Indiana University Press.


Outros textos igualmente importantes na discussão:

CAZDEN, C. B. (2001). Classroom discourse: The language of teaching and learning. Portsmouth, NH: Heinemann.

ERICKSON, F. (1982). Classroom Discourse as Improvisation: relationships between academic task structure and social participation structure in lessons. In: L.C. Wilkinson (ed.), Communicating in the Classroom. New York: Academic Press.

ERICKSON, Frederick.(2004). Talk and Social Theory: Ecologies of speaking and listening in everyday life. Cambridge UK: Polity Press.

GOODWIN, M. H. & GOODWIN, C. (In press). Participation. In A. Duranti (Org.), A companion to linguistic anthropology. Oxford: Blackwel.

O’CONNOR, M. e MICHAELS, S. (1996). Shifting participant frameworks: Orchestrating thinking practices in group discussion. In: HICKS, D. (Org.). Discourse, learning and schooliing.Cambridge: Cambridge University Press. pp. 63-103.


Sobre Piso Conversacional:

EDELSKY, C. (1981). Who’s got the floor? Language in Society, vol. 10. pp. 383-421.

JONES, R. e THORNBORROW J. (2004). Floors, talk and the organization of classroom activities. Language in Society, vol. 33. pp. 399–423.

THORNBORROW, J. (2003). The Organization of Primary School Children’s On-Task and Off-Task Talk in a Small Group Setting. Research on Language and Social Interaction, v. 36, n. 1. pp. 7-32.


E para terminar:

SHULTZ, J., FLORIO, S., and ERICKSON, F. (1982). Where’s the Floor? Aspects of Cultural Organization of Social Relationships in Communication at Home and at School. In P. Gilmore and A. Glatthorn (eds.), Ethnografy and Education: children in and out of school. D.C.: Center for Applied Linguistics. pp. 88-123.

quarta-feira, maio 24, 2006

Seinfeld e a Análise da Conversa

Descobri que Jerry Seinfeld, criador e protagonista de um dos seriados norte-americanos mais brilhantes de todos os tempos, além de grande humorista e cronista do cotidiano é também analista da conversa nato. Explico: hoje, assistindo a mais um episódio do seriado Seinfeld (que passa todo dia no SONY, para quem tem tv paga) me dei conta de que o comediante fez várias análises conversacionais interessantíssimas (e pode ser considerado até mesmo um etnometodólogo, eu diria).

E não apenas Jerry, como seus companheiros George (o eterno loser), Elaine (a eterna “adoro problemas”) e Kramer (o eterno louco) também o acompanham nas análises. Quando pensaram em fazer um seriado que fosse sobre o nada, como os criadores da série contaram, sem dúvida apontaram para o nada que faz o cotidiano, ou melhor, o quase nada: as questões micro sociais e políticas que aparecem em uma conversa de bar, numa discussão sobre um sanduíche, família, trabalho, time de futebol, cereais, e assim por diante.

O que mais impressiona é quando os personagens discutem o quanto alguns detalhes de uma conversa modificam as ações dos seus participantes. Dou exemplos: em um episódio que tratava, entre outras coisas, dos favores incômodos que se pede a amigos, Seinfeld chama a atenção para como o tamanho do favor que se pede é diretamente proporcional à pausa que segue o enunciado: “Posso te pedir um favor?”.
No episódio de hoje, houve um momento ainda mais acentuado de análise conversacional. George está narrando para Seinfeld no café que após falar para a mulher com quem estava saindo “eu te amo”, ela imediatamente disse: “vamos comer alguma coisa?”. Seinfeld então analisa minuciosamente: teve alguma pausa ou ela respondeu imediatamente? Qual palavra ela enfatizou, o início ou o final? Qual a ordem em que isso aconteceu? O que eles estavam conversando antes? Aí vemos a análise de aspectos cruciais como silêncios, relevâncias, ordem, seqüência. Trata-se de um grande observador dos métodos pelos quais as pessoas fazem a vida. Didático, simples, sutil e engraçado. E o mais impressionante: tudo isso sem ter lido 74, 77 e os alfarrábios schegloffianos.

E como está na moda publicações do tipo “Seinfeld e a Filosofia”, por que não fazer também "Seinfeld e a Análise da Conversa"?

Lia

quarta-feira, maio 17, 2006

Reunião do Grupo ISE de maio

Na próxima sexta-feira haverá reunião do grupo. O encontro discutirá questões da monografia de conclusão de curso da colega Paola Guimaraens Salimen, que levará alguns dados do seu trabalho para discutir conosco.

Aguardamos, Paolinha!

IX Convenção de Professores de Língua Inglesa dos Estados do Sul - APLIEPAR, APLISC e APIRS

Tema: “Integrando perspectivas no ensino e aprendizagem de inglês / Integrating perspectives in teaching and learning English”
Data: 02 e 03 de junho de 2006
Local: Florianópolis (Hotel Praiatur - Ingleses)
Informações: www.cce.ufsc.br/~aplisc

quinta-feira, maio 11, 2006

Luanda no I Seminário Local Conexões de Saberes UFRGS


Nossa colega de ISE, Luanda Sito, participou como painelista do I Seminário Local Conexões de Saberes UFRGS, nesta quinta-feira, 11 de maio. O Painel tinha como título "Ações Afirmativas: o ingresso e a permanência de estudantes negros e indígenas é possível na UFRGS?" e foi promovido pelo Grupo de Trabalho de Ações Afirmativas.
Junto com Luanda, que representou a AFROUFRGS, falaram: Caco Silva (Movimento Negro), Zaqueu Kaingang (Povos Indígenas), Ângelo Silva (Secretário de Assuntos Estudantis / UFRGS), Edílson Nabarro (Técnico Adminstrativo PRORH/UFRGS) e José Carlos dos Anjos (Professor Doutor do Departamento de Sociologia IFCH/UFRGS).
Perdoem a publicação tardia do evento, mas deixo o espaço aberto para que possamos discutir tal assunto, assim como convido a Luanda a publicar um breve comentário a respeito de sua fala.
Parabéns, Luanda!

Eventos interessantes

I Congresso Latino-Americano de Formação de Professores de Língua
Data: 09 a 11 de novembro
Local: Florianópolis
Envio de resumos: até 15 de maio
Informações: www.cce.ufsc.br/~clafpl

XXI Encontro Nacional da ANPOLL
Data: 19 a 21 de julho
Local: PUC-SP
Envio de resumos: até 22 de maio
Informações: www.anpoll.org.br

2. Seminário Brasileiro de Estudos Culturais e Educação
Data: 02 a 04 de agosto
Local: ULBRA
Envio de resumos: até 15 de maio
Informações: www.ulbra.br/2sbece

quinta-feira, abril 27, 2006

Texto de Patrícia Gonzalez para o próximo ise

Na próxima reunião do grupo, dia 28 de abril, faremos a discussão do mais recente trabalho da colega Patrícia Gonzalez, integrante muito querida do ise que agora se encontra fazendo seu doutorado na Finlândia.

O texto é sobre a dinâmica do trabalho cooperativo e analisa o que a autora chama de dois extremos de interação com pessoas com afasia.
Patrícia mostra dois segmentos interessantíssimos de interação. No primeiro, o trabalho colaborativo se dá em uma word search, ou seja, a busca de uma palavra por um dos participantes e a ajuda do outro. E a diferença crucial está justamente nessa ajuda. Já no segundo segmento, aparece o outro extremo, o da não-colaboração.

É interessante rever também os dados que a autora já tinha explorado em sua dissertação de mestrado intitulada "Reparo em Terceira Posição na Fala-em-Interação entre Falantes com e sem Afasia de Expressão".

Com certeza será uma boa discussão e oportunidade de crescimento para todo o grupo, já que o texto trata de questões familiares para nós e, ao mesmo tempo, distantes por não lidarmos mais diretamente com tal cenário de interação.
Abraços,

Lia

sexta-feira, abril 21, 2006

Simpósio Identidades:prazo prorrogado

Colegas,

O prazo para envio de resumos para o II Simpósio Nacional Discurso, Identidade e Sociedade foi prorrogado para o dia 05 de maio.

Lia

terça-feira, abril 11, 2006

II Simpósio Nacional Discurso, Identidade e Sociedade

Lembramos que a data limite para envio de resumos para o II Simpósio Nacional Discurso, Identidade e Sociedade é dia 21 de abril, sendo que a divulgação dos resultados sai em 31 de julho.
O Simpósio vai ser no Rio de Janeiro, de 07 a 09 de setembro.
Para maiores informações, é só olhar no site:
www.letras.puc-rio.br/identidade2006

Sobre a palestra na UNISINOS

Queridos,

Quem assistiu a palestra da professora Ana Antônia na sexta passada teve o prazer de participar de uma discussão muito interessante sobre transculturalidade e transglossia, que eram de fato o tema da palestra.
Para quem não foi, um pequeno resumo: a professora discutiu as noções acima mencionadas tendo como panorama a trama lingüística de Cuiabá e o fenômeno da mistura de línguas.
Ela tratou de forma muito simples temas ligados a tais noções como heterogeneidade, mudança e movimento nas línguas. No final, a discussão tomou outro rumo, se dirigindo para a questão dos estrangeirismos e do projeto de lei (tão discutido por nós) que abordava o tema.
Mesmo não tratando de interaçao diretamente (o que talvez tenha frustado algumas expectativas - as minhas pelo menos), foi importante e interessante conhecer e ouvir a profesora que esbanjou simpatia em conceitos tão cruciais para nós que tratamos de sala de aula e uso da linguagem.

Abraços,

Lia

quarta-feira, abril 05, 2006

Palestra na UNISINOS

Colegas,

Na próxima sexta-feira, dia 07 de abril, haverá uma palestra na UNISINOS, às 10h, na sala 108 3A, com Ana Antônia de Assis-Peterson.
O título da palestra é "A interação como Contexto Favorável à Áprendizagem".
Vamos lá?

Abraço,

Lia

terça-feira, abril 04, 2006

Defesa da Letícia


Nesta segunda, dia 03 de abril, tivemos o prazer da defesa da nossa colega Letícia Ludwig Loder, nossa nova mestra, cujo título do trabalho é: "Investindo no conflito: a correção pelo outro construindo discordâncias agravadas". Letícia foi fantástica, com uma apresentação clara e muito didática (para mim foi!) e uma argumentação tranqüila e modesta, mas de quem sabe o que faz e só tem a nos ensinar!!!
Parabéns, linda, pelo trabalho maravilhoso que apresentaste! Temos ainda muito que aprender contigo!!!
Helsinque que aguarde essa menina, hein!!!!

Abraço,

Lia

Defesa da Aninha


Sexta-feira, dia 31 de amrço, tivemos o prazer de assistir a defesa da mestranda (e agora mestra!) Ana Luiza Pires de Freitas, cuja dissertação tem o seguinte título: "With a little help from my friend: um estudo sobre o reparo levado a cabo pelo terceiro na sala de aula de língua estrangeira”.
Não preciso dizer que foi sucesso total!
Aninha foi muito elogiada por seu texto elegante e simples, sua força de vontade e determinação e, principalmente, por ser uma intelectual plural!
Parabéns, Aninha!! Tu é inspiração para todos!!
Abraço,

Lia

segunda-feira, abril 03, 2006

Bem-vindos!!!!



Nasceu o blog do ISE!!!!
Sejam todos bem-vindos!!!!
Abraços,
Lia


PS.: Os novos integrantes perdoem a foto antiga. Era a única que eu tinha do grupo reunido.